INTELIGÊNCIA EMOCIONAL, A HABILIDADE ESSENCIAL DO SÉC XXI

 Você sabia que a inteligência emocional já foi reconhecida como uma “habilidade” do século XXI, e que 58% do seu desempenho profissional está relacionado a ela? Pois é.

E para nós educadores falarmos sobre IE tem sido um dos assuntos explorados nos corredores das escolas, pois  encontramos em nossos estudantes muito daquilo que  nos tem faltado.

Para isso é preciso conhecer os 4 pilares da IE, que estão dividas em duas partes:  competência pessoal e competência social.

Competência Pessoal:

AUTOCONHECIMENTO a capacidade de me entender, e da maneira que eu funciono.

AUTOGESTÃO  como eu lido comigo mesmo.

ou seja:

Autoconhecimento é a maneira que me vejo, e na autogestão é forma que me “gerencio”.

Competência Social:

EMPATIA está relacionado ao que eu vejo no outro.

   GESTÃO DE RELACIONAMENTO tem haver com a forma que eu me relaciono com o outro.

Estes 4 pilares em todo tempo se interrelacionam e se complementam, por esta razão se faz necessário conhecer e aprender as suas partes, pois “o todo é a soma das partes”.  E se aprimorar dessas competências nos ajuda a maximizar a nossa IE.

Segundo Daniel Goleman “a consciência das emoções é o fator essencial para o desenvolvimento da inteligencia emocional” e o mesmo as caracteriza como por exemplo: criar motivações para si próprio e de persistir num objetivo apesar de seus percalços; de controlar impulsos e saber aguardar pela satisfação de seus desejos; de se mantem em bom estado de espírito etc.

Na prática para se ter IE é necessário:

  • Autoconsciência para reconhecer um sentimento quando ele ocorre;
  • Lidar com emoções;
  • Motivar-se;
  • Reconhecer emoções nos outros;
  • Lidar com relacionamentos;

Por que falar de Inteligencia Emocional nas escolas?

A escola ainda permanece sendo um dos únicos lugares em que a sociedade recorre para aconselhamentos sobre competências emocionais e sociais. É o lugar em que podemos proporcionar às crianças os ensinamentos básicos para a vida, e com isso, nós educadores ampliamos a nossa visão acerca do que é essencial.”Alfabetizar emocionalmente” implica em entrar na vida do outro, e nesse momento vamos além  da nossa missão tradicional.

Dialogar sobre IE no ambiente escolar, é essencial para a compreensão da necessidade da “comunicação emocional” , pois o educador usará sua sensibilidade para superar as barreiras do seu próprio eu, por esta razão  estudar, pesquisar, compreender o quanto essa prática é benéfica para todos  é o começo de uma caminhada assertiva.

 

WhatsApp Image 2020-03-24 at 22.21.27\Pedagoga Mércia Martins

Nunca uma frase fez tanto sentido!

“os analfabetos do século XXI não serão aqueles que não souberem ler e escrever. Mas todos aqueles que NÃO souberem aprender a desaprender, para, então, reaprender”. Alvin Toffler

Nunca uma frase fez tanto sentido!

O que mais ouvi essa primeira semana de quarentena, foi: “não sei fazer”, ” não tenho habilidade para o mundo online”, “não vai dar certo”. E de repente, somos surpreendidos por ideias incríveis! Professores se reinventando, criando, mostrando o seu melhor , deixando sua marca na educação. Fomos do simples ao complexo. E isso tem sido incrível.

Costumo dizer que existe “beleza no caos”, e tenho visto muitas “belezuras” acontecendo em meu entorno, estamos juntos, de norte a sul, de leste a oeste. Compartilhando belezas pedagógicas, e isso nos mostra que desaprender é um exercício de crescimento, maturidade e evolução.

DESAPRENDER nunca foi tão necessário!

Mas o melhor que desaprender, é ter a oportunidade de reaprender. E reaprender conscientes que somos surpreendentes em nossa profissão, que tiramos o coelho da cartola para que nossos estudantes continuem comprometidos com sua aprendizado, e conscientes que “quarentena não é férias”!

“Eu me conheço bem, mas sei que posso me surpreender comigo mesmo, a qualquer minuto”.#MarthaMedeiros

WhatsApp Image 2020-03-24 at 22.21.27Pedagoga Mércia Martins

 

 

 

 

REPENSAR,RESSIGNIFICAR,REINVENTAR E RECRIAR

De uma hora pra outra, TUDO mudou.

Nossos planejamentos, cronogramas, avaliações, ficaram em segundo plano. Então foi necessário mais flexibilidade, fluidez, generosidade, agilidade emocional para lidar com o nível elevado de estresse no ambiente educacional.

E em tempos de quarentena, investir em nossa saúde emocional é algo de grande importância, pois sabemos que estamos vivendo em momentos de instabilidade, que gera ansiedade e incertezas frente ao  que virá.

Por isso nesse momento é hora de repensar, ressignificar, reinventar e recriar, ações estás que nos conecta com as nossas experiências.  Ter controle sobre as nossas emoções nos auxilia na “correção” dos nossos sentimentos em tempos de tantas incertezas.

  • Repensar me conecta com minha essência e me leva a valorizar as minhas experiências.
  • Ressignificar da um novo sentido aquilo que já vivemos, assumindo diferentes interpretações de nossas ações.
  • Reinventar nos transforma, nos faz sair da zona de conforto, me permite viver novas experiências, é um processo ininterrupto.
  • Recriar me permite dar uma nova versão a algo, um novo aspecto ou uma nova abordagem ao que já existe ou a algo que já sei como é.

Ter a habilidade de agir emocionalmente e de forma saudável em tempos de crises, harmoniza as nossa intenções e valores, nosso comportamento e as diversas maneiras de viver.

Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida. #Platão

WhatsApp Image 2020-03-24 at 22.21.27  Pedagoga Mércia Martins

 

 

A ARTE de PLANEJAR!

 

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Durante muitos anos de minha carreira fazer PLANEJAMENTO foi um fardo! Passei por todas as fases: aquela em que a gente AMA, que ODEIA, que faz por OBRIGAÇÃO, que NUNCA mais olha e por aí vai…
Mas acho que a pior fase foi a que eu pensava que já sabia o suficiente para NÃO precisar dele, e confesso que foi nesse momento que percebi que estava me tornando um “reprodutora” de “conteúdo”.

Com isso, me deparei com algo mais grave: essas atitudes não prejudicavam só a minha prática, mas, principalmente, a dos meus alunos, pois a cada “habilidade” ou “objetivo” que deixava de pensar sobre ele e criar métodos e procedimentos para desenvolvê-los, eram caminhos que eu não permitia que meus alunos percorressem.

Foi nesse momento que me “apaixonei” novamente pela “arte” de planejar minhas práticas pedagógicas, e comecei a buscar olhares, pensamentos, possibilidades para algo que tinha se tornado tão “óbvio” para mim.

Quando pensamos em planejamento, precisamos entender que em primeiro lugar ele é feito PARA O ALUNO, pois contempla tudo aquilo que precisa ser atingido. Por essa razão, precisamos deixar claro PARA ELE o que será desenvolvido no dia, e escrever na lousa, no caderno, na agenda, no livro; e para a família o que foi trabalhado no dia. Desta forma, acredito eu que o planejamento passa a ter vida e significado real, pois as letras saem do papel e literalmente passam a fazer parte da vida dos estudantes. Os pais conseguem perceber de fato o que se desenvolve ao ler uma história, realizar as lições de casa, e a pergunta “para que se aprende isso?” começa a perder força, uma vez que mostramos a “função” daquele “aprender”.

Ao adotar esse procedimento os alunos passam a compreender a sua “rota pedagógica”, não ficam na expectativa do que virá, e sim saberão o que de fato desenvolvem durante todo ano, ampliando assim o desenvolvimento das habilidades e competências.

Planejar é um desafio, é um exercício de se “reinventar”! Não é apenas um simples cumprir de “protocolo”, mas um compromisso com a aprendizagem do seu aluno, com o seu desempenho pedagógico, com a missão e a visão da escola, com a linha pedagógica. Planejar vai muito além de colocar “VERBOS” em uma planilha, planejar é materializar ideias, criar recursos, transformar o abstrato em concreto, enfim, é fazer a magia do aprender ACONTECER!

15821_10204128646390462_5595140235911603508_n(1)Mércia Martins – Coordenadora do Blog Educacional Território do Educar, Pedagoga do Colégio Conexão, Assessora e Palestrante da Maestro Assessoria  Educacional.

 

 

 

 

 

FORMAÇÃO DE PROFESSORES – CONVITE

Boa Tarde!

Amigos da área da Educação, queremos lhes fazer um convite! Dia 30/06 teremos uma manhã maravilhosa para conversarmos com a Pedagoga Mércia Martins sobre a “Importância da Intencionalidade Pedagógica como Prática do Professor”

Ela que viaja o país todo, conseguiu um tempinho para nós aqui de Curitiba e região 👏👏👏É uma formação, com certificado, realizada pelo CAPTE em parceria com a Escola Conexão.

O Capte é um CENTRO DE APERFEIÇOAMENTO PEDAGÓGICO TERRITÓRIO DO EDUCAR, que visa “transmitir conhecimentos que possam gerar transformações interiores que reflitam em ações significativas e marcantes no ambiente escolar e familiar”.Essa conversa trará reflexões sobre a BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR que traz em seus fundamentos a importância da INTENCIONALIDADE PEDAGÓGICA, como algo a ser discutido nesses novos olhares educacionais.

Maiores informações com PRISCILA

  Whatts:41 998605577 (Grupos Maiores de 5 pessoas, tem desconto)

Equipe CAPTE34200550_10216108570689103_1966152396505612288_n

BNCC e as COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS

imagesE o sistema educacional brasileiro se rende a uma ‘EDUCAÇÃO HUMANIZADA”, prova disso é a nova versão da BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR, que objetiva o desenvolvimento das ” COMPETÊNCIAS E HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS”, que promovera uma educação voltada também ao desenvolvimento humano. 

Com esse novo olhar , caberá a cada educador “pensar” em novos procedimentos  didáticos-pedagógicos para transformar de forma significativa a aprendizagem, desconstruindo o uso dos exames classificatórios, para avaliações formativas, contínuas, diagnósticas. Nesta perspectiva o educador obterá informações necessárias para realizar as correções de rota dos seus alunos e de seu planejamento.

” o desenvolvimento humano não se restringe, ou não se limita a ter bom desempenho. São muito os pontos que precisam ser abordados nesse processo…” #JoãoFilocre

As mudanças propostas  possibilita trabalharmos as competências e habilidades fundamentais para  o desenvolvimento do ser humano na sociedade.

AUTOGESTÃO

AUTOCONHECIMENTO

EMPATIA E COOPERAÇÃO

AUTONOMIA E RESPONSABILIDADE

O desafio é grande para todos os “pertencentes” dos ambientes escolares, principalmente ao que se refere ao processo avaliativo.

Mas este assunto, deixamos para a próxima!

 

15821_10204128646390462_5595140235911603508_n(1)Mércia Martins – Coordenadora do Blog Educacional Território do Educar, Pedagoga do Colégio Conexão e Centro de Educação Infantil Estrela Crescente, Assessora e Palestrante da Maestro Assessoria Educacional.

Pais-helicópteros! Vale a pena ler…

Segue abaixo um artigo muito interessante, retirado do site http://www.huffpostbrasil.com
OPINIÃO

‘Pais-helicóptero’ estão criando filhos simplesmente ‘inempregáveis’

Às vezes, a melhor forma de “estar presente” na vida dos filhos é não estar.

 30/06/2017 19:59 -03 | Atualizado 05/07/2017 08:48 -03

‘Pais-helicóptero’ são os pais que estão sempre girando em torno dos filhos. Praticamente os embrulham em plástico-bolha, criando uma corte de jovens adultos que têm dificuldade de ter um desempenho satisfatório no trabalho e em suas vidas.

‘Pais-helicóptero’ pensam que estão fazendo o melhor, mas, na verdade, estão prejudicando as chances de sucesso dos filhos. Em particular, estão arruinando as chances de que os filhos consigam um emprego e consigam mantê-lo.

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(Photo: Hoozone via Getty Images)

‘Pais-helicóptero’ não querem que seus filhos se machuquem. Querem suavizar cada golpe e amortecer cada queda. O problema é que essas crianças superprotegidas nunca aprendem como lidar com a perda, com o fracasso ou com o desapontamento — aspectos inevitáveis da vida de todos.

A superproteção torna quase impossível que esses jovens desenvolvam a tolerância em relação à frustração. Sem esse importante atributo psicológico, os jovens entram na força de trabalho em grande desvantagem.

‘Pais-helicóptero’ fazem coisas demais pelos filhos, portanto, essas crianças crescem sem uma ética de trabalho saudável e sem habilidades básicas. Sem essa ética de trabalho e habilidades necessárias, o jovem não será capaz de realizar muitas das tarefas exigidas pelo local de trabalho.

‘Pais-helicóptero’ superprotegem seus filhos e os privam de qualquer consequência significativa por suas ações. Com isso, eles perdem a oportunidade de aprender lições de vida valiosas a partir dos erros que cometem; as lições de vida que iriam contribuir para sua inteligência emocional.

‘Pais-helicóptero’ protegem suas crianças de qualquer conflito que possam ter com seus colegas. Quando essas crianças crescem, não sabem como resolver dificuldades entre eles e um colega ou supervisor.

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(Photo: Peopleimages via Getty Images)

As pessoas resolvem problemas tentando coisas, cometendo erros, aprendendo e tentando novamente. Esse processo cria confiança, competência e autoestima. ‘Pais-helicóptero’ impedem que seus filhos desenvolvam todos esses importantes atributos que são necessários para uma carreira de sucesso.

‘Pais-helicóptero’ pensam que seus filhos devem vencer qualquer coisa. Todo mundo que participe de um evento esportivo deve ganhar um troféu. Todos devem conseguir uma nota de aprovação, mesmo que sua tarefa esteja atrasada ou malfeita.

Em um local de trabalho funcional, há apenas um vencedor de uma competição, e apenas um trabalho de alta qualidade é recompensado. Se as crianças crescem pensando que independentemente do que façam irão vencer, não perceberão que, na verdade, têm de trabalhar duro para conseguir ter sucesso.

Esses jovens mimados ficarão arrasados quando continuarem perdendo competições, se saindo mal em entrevistas ou sendo demitidos de seus empregos. Não entenderão quanto esforço é realmente necessário para ser um vencedor no mundo do trabalho.

Esses jovens carecem de competência e ação por nunca terem tido de resolver um problema ou completar um projeto sozinhos. Esperam que outros façam essas coisas para eles, assim como seus pais sempre fizeram. Em essência, não podem pensar ou agir por si mesmos.

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(Photo: Hero Images via Getty Images)

A criação-helicóptero inculca uma série de atitudes negativas nas crianças. Elas crescem com grandes expectativas de sucesso, independentemente de quanto tempo ou energia investem, e sentem que merecem tratamento preferencial — sendo que nenhum dos dois comportamentos cai bem com seus colegas ou chefes.

Em uma entrevista de emprego, os futuros empregadores podem ser dissuadidos pela atitude excessivamente egocêntrica de um jovem ou alarmados por sua falta de habilidades básicas.

A aura de ignorância e incompetência de um jovem, combinada com expectativas de recompensas imediatas e substanciais sem relação com o desempenho, pode ser o beijo da morte em qualquer entrevista para um bom emprego.

Quando os pais decidem acompanhar seu filho de 20 e poucos anos em uma entrevista de emprego, isso mina qualquer confiança que um empregador possa ter nesse funcionário em potencial. “Por que”, os empregadores podem se perguntar, “alguém procurando emprego precisaria trazer a mamãe ou o papai na entrevista, a menos que esse jovem seja mais uma criança do que um adulto?”.

Mesmo de pequenas maneiras, os ‘pais-helicóptero’ paralisam seus filhos. A criança adulta de ‘pais-helicóptero’ vai fazer sua pausa para o café e então sair da copa sem ter limpado sua sujeira ou lavado sua xícara. Podemos imaginar como isso causará ressentimento entre seus colegas.

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(Photo: Joos Mind via Getty Images)

Esses jovens esperam que “alguém” limpe sua coisas, da mesma forma que sua sujeira foi sempre limpada quando eram crianças. Não percebem que já não há ninguém os seguindo, limpando sua sujeira, seja física, interpessoal ou profissional.

Barb Nefer, em um artigo publicado no site WebPsychology, diz que a geração do “milênio está sendo fortemente atingida pela depressão no trabalho. Um em cada cinco trabalhadores [20%] já sofreu de depressão no trabalho, comparado a 16% da Geração X [nascidos entre 1960 e final dos anos 70] e dos ‘baby boomers’ [nascidos entre 1943 e 1960]”.

Nefer destaca que, de acordo com um “‘white paper’ da Bensinger, DuPont & Associates, os ‘millennials’ têm desempenho inferior no trabalho e índices mais altos de absenteísmo, bem como mais conflitos e incidentes de advertência por escrito”, fatores que “podem afetar o desempenho no trabalho”.

 

De acordo com um artigo de Brooke Donatone publicado pelo Washington Post, uma nota de 2013 na revista “Journal of Child and Family Studies revelou que universitários que tiveram criação-helicóptero relataram níveis mais altos de depressão”.

O artigo do Washington Post também destaca que uma “criação intrusiva interfere no desenvolvimento da autonomia e da competência. Por isso, a criação-helicóptero leva a uma maior dependência e menor habilidade de completar tarefas sem supervisão dos pais”.

Às vezes, a melhor forma de ‘estar presente’ na vida dos filhos é não estar.

Os artigos acima deixam claro que a ‘criação-helicóptero’ está contribuindo para um crescente índice de depressão entre jovens bem como para uma incapacidade de ter um desempenho otimizado no local de trabalho.

Se você é um pai ou uma mãe que quer que seus filhos sejam bem-sucedidos na carreira quando adultos, precisa estar ciente de quaisquer tendências relacionadas à criação-helicóptero em você ou em seu parceiro.

Amar seus filhos significa guiá-los, protegê-los e apoiá-los. Não significa sufocá-los, superprotegê-los ou fazer tanto por eles que nunca aprendam a pensar por si mesmos, a lidar com desafios ou com o desapontamento e fracasso.

A coisa mais amorosa que você pode fazer como pai ou mãe é dar um passo atrás e deixar seu filho cair, se preocupar e resolver as coisas sozinho. Às vezes, a melhor forma de “estar presente” na vida de seu filho é não estar. É assim que você os capacita a desenvolver confiança, competência, autoestima e inteligência emocional.

Hoje os jovens precisam de pais que os ajudem a se tornar adultos úteis. Isso significa girar menos em torno deles e embrulhá-los menos em plástico-bolha e empoderá-los mais para que façam coisas por si mesmos, resolvam coisas por si mesmos e aprendam a lidar com as dificuldades, tudo por si mesmos.

*Este texto foi originalmente publicado no HuffPost Canada e traduzido do inglês.

Amar as crianças, é CUIDAR de suas emoções.

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“Educar é um ato de AMOR e para educar crianças é necessário sobretudo, amá-las PROFUNDAMENTE” #PauloFreire

            Sou apaixonada pela “Pedagogia da Afetividade”, acredito que nossas emoções são responsáveis pelo sucesso de nossa vida, pois através de um emocional saudável teremos crianças saudáveis, adolescentes felizes, e adultos de sucesso.

      Ao olharmos para as emoções de nossas crianças, oportunizamos que desenvolvam as habilidades de se reinventarem  e ressignificarem suas perdas, conflitos e frustração. Mas para isso se faz necessário uma observação significativa para a vida emocional de nossas crianças.

         E a escola é um local onde nossas crianças demonstram suas emoções e muitas vezes educam o seu EU sem orientação numa linguagem clara, e explicações para sentimentos que não entendem o por que sentem, mas apenas sentem.

        Em uma conversa com um educando de 6 aninhos, perguntei-lhe o por que ele quebrava os brinquedos dos amigos, e o que ele sentia quando fazia aquilo. Ele simplesmente olhou para mim e disse: Não sinto nada. E não sei porque não sinto nada. E desde então temos tido momentos de conversas sobre o que é “SENTIR”, e as descobertas tem sido surpreendente.

         Muitos de nossos pequenos constroem esses significados em um ambiente de muita cobrança, de muitos conflitos e de forma muito “rasa”, pois as rotinas sugam o tempo de qualidade e de percepção das emoções, pois as “trocas” mascaram o que realmente se sente, e o que se “sente” cai no esquecimento, e o que realmente importa fica em segundo plano.

        Hoje encontramos crianças tão feridas emocionalmente em nossas salas de aulas, com a ausência dos pais, cobradas por serem as melhores, por serem impedidos de serem crianças que muitas vezes estranham quando são exaltadas em suas qualidades, elogiadas e amadas e muitas vezes recusam carinhos, abraços e afetos.

        Amar a criança, é respeita-la em suas EMOÇÕES! É oportunizá-las a uma mente livre, saudável. É protegê-las de pensamentos que as levem a uma percepção negativa de seu EU. Amar a criança, é faze-la entender que as frustrações e erros acontecem,  e que isso não as fazem menores que os demais. Amar a criança é ensiná-las principalmente RESSIGNIFICAR suas ações, pois dessa forma elas serão líderes de SI mesmo pois entenderão o que sente.

          Quanto mais cedo nos preocuparmos com as emoções de nossas crianças, mais cedo teremos crianças felizes.

 15821_10204128646390462_5595140235911603508_n(1)Mércia Martins – Coordenadora do Blog Educacional Território do Educar, Pedagoga do Colégio Conexão e Centro de Educação Infantil Estrela Crescente, Assessora e Palestrante da Maestro Assessoria Educacional.

Mamãe, posso pegar seu filho?

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É visível a insegurança de todos no primeiro dia de aula, principalmente quando a criança chega chorando, não querendo “desgrudar” literalmente do pescoço da mamãe. E aí o que fazer?

Mamãe, posso pegar seu filho? Essa é a frase que mais uso no começo do ano com os pais, pois vemos a insegurança, o medo e a resistência espalhado pelos quatro cantos da escola, principalmente quando se trata de Educação Infantil. Por um lado, vemos a criança que chora por medo de ficar, e por outro lado os pais que “choram” por medo de deixar. E nós educadores no meio do conflito, mediando sentimentos, passando segurança para ambos, e tendo que gerenciar o espaço da sala com mais crianças no mesmo estado de insegurança. Sim, somos heróis, tenha certeza disso!    O período de adaptação é algo bastante desafiador, pois precisa ser pensado e preparado para que o ambiente gere segurança aos pertencentes.

Uma das ferramentas mais eficazes que percebo, é a postura do educador diante dos pais. Eles precisam sentir segurança em nossas ações, em nossa postura, no modo de se colocar, e por fim faze-los entender que estamos preparadas para adaptação, para o choro, e para o primeiro dia de aula. Nós educadores precisamos deixar claro que nossas ações estão planejadas, que nós sabemos a necessidade que o filho terá nesse período de adaptação e que você querido educador (a) é o “especialista da educação”, como costumo dizer por aí, em minhas andanças.  Dessa forma os laços, família e escola se fortalecem rápido, e você passa a ter companheiros na caminhada, baseados em confiança e respeito pelo profissional que você é.

Apesar de entendermos todo o contexto familiar da adaptação escolar, não podemos esquecer que o nosso foco principal é a criança, e ela precisa encontrar em nós segurança e confiança e perceber que estamos ali para acolhe-la da melhor e mais carinhosa forma. De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil “entre o bebê e as pessoas que cuidam, interagem e brincam com eles se estabelece uma forte relação afetiva (a qual envolve sentimentos complexos e contraditórios como amor, carinho, encantamento, frustração, raiva, culpa etc.). Essas pessoas não apenas cuidam da criança, mas também mediam seus contatos com o mundo, atuando com ela, organizando e interpretando para ela esse mundo. É nessas intenções, em que ela é significada/interpretada como menino/menina, como chorão ou tranquilo, como inteligente ou não, que se constroem suas características. As pessoas com quem construíram vínculos afetivos estáveis são seus mediadores principais, sinalizando e criando condições para que as crianças adotem condutas, valores, atitudes e hábitos necessários à inserção naquele grupo ou cultura específica A adaptação é difícil não só para a criança, mas também para a família e a professora, pois implica reorganizações e transformações para todos. A forma como esse processo é vivenciado pelas pessoas envolvidas influencia e é influenciada pelas razões da criança. Desse modo, é altamente desejável que, no período de adaptação, a mãe, o pai ou outro familiar fique junto da criança para auxiliar na exploração desse ambiente estranho e no estabelecimento de novos relacionamentos com outras professoras e outras crianças.

            Dessa forma eu desejo toda sorte do mundo pra nós, que iremos começar o ano letivo em nossas escolas, com desafios sim, mas com muitas possibilidades de termos crianças felizes, pais confiantes, e educadores sensacionais e seguros em dizer “Mamãe, posso pegar seu filho?”

15821_10204128646390462_5595140235911603508_n(1) Mércia Martins – Coordenadora do Blog Educacional Território do Educar, Pedagoga do Colégio Conexão, Assessora e Palestrante da Maestro Assessoria Educacional.

 

#EuPensoQue…

“O bom educador é aquele que ama o que faz, que compreende os ofícios de sua profissão e aceita os desafios impostos por ela. O bom educador é aquele que busca resposta e  compreende, que cada dia é um novo tempo de aprendizado”. Mércia Martins – Coordenadora do Blog Educacional Território do Educar, Pedagoga do Colégio Conexão,  Assessora e Palestrante  da Maestro Assessoria Educacional.15821_10204128646390462_5595140235911603508_n(1)